quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

O Mito da Caverna na Prática

A um tempo atrás, uma amiga me perguntou, via internet, o que eu
achava de um relacionamento que ela vinha tendo. Conversamos por
alguns minutos e eu disse realmente o que vinha observando. A amiga
ficou meio abalada e triste. E finalizamos a conversa. Esta pessoa
desapareceu, sumiu, não deu mais notícias. Pelo menos, para mim. Vi
depois que ela terminou com o cara. E continuou sem dar notícias, sem
contato. E eu me pus a pensar no ocorrido. Lembrei de coisas que
sempre se confirmam. As pessoas não querem verdades. Ninguém quer
realmente ouvir o que se precisa. Todos nós gostamos de ouvir o que
alimenta nossos egos e nos mostram que estamos certos. Que fizemos
boas escolhas, que somos melhores. Existem muitas verdades. Existem
diversas opiniões. As nossas, são minúsculas (grãos de areia) se
comparadas a todo este universo humano em que vivemos. E mais uma vez,
só me restou lições. E logo eu, que já trabalhei com publicidade. E
sei que o que se vende é sonho e não o produto em si. Logo eu que já
fiz análise durante anos e sei que todos nós somos movidos fortemente
por carências e traumas. E que, principalmente, ninguém quer sofrer,
ninguém aguenta mais. E logo eu, fui dizer o que precisava dizer, e
não o que ela esperava (desejava).
O Mito da Caverna de Platão mostra (entre outras coisas) que a maioria
das pessoas não está preparada para ver a luz. E que preferem (ou só
conseguem) ver o que acontece por sombras refletidas. Por impressões.
E nós somos seletivos por instinto. Só nos atraímos pelo que gostamos.
Só queremos o que julgamos nos fazer bem, ou que sirva para ser usado
naquele determinado momento.
Eu, sem querer, acabei sendo o mal para esta pessoa. Ela me viu como
algo ruim e se afastou. O que é normal.
E só me restou mais uma experiência de vida.