segunda-feira, 23 de abril de 2012

Coicidências?

Não sou de acreditar em coincidências. Acho que tudo o que acontece é consequência. Consequência de escolhas, atos e,principalmente, do nosso pensamento. Nós pensamos, e colocamos no universo uma força. Que por consequência,  age e causa reações. 
Bom, lendo o livro: Páginas Manchadas de Vinho, do mestre  Charles Bukowski, conheci uma de suas influências. E isso me atraiu de imediato. Em um dos textos do livro, ele menciona John Fante. E Diz que ele é o melhor escritor que já tinha lido. O texto é bem pesado, mostra o escritor em decadência, já no fim da vida. Pobre e debilitado. E o “Buck” causa um renascimento dele. Consegue uns manuscritos e convence seu editor de publicá-los. Dois livros foram lançados. Logo em seguida Fante falece. Fiquei com isso na cabeça. Queria saber que escritor era este, o cara que influenciou tão fortemente o escritor que eu gosto.
No sábado passado, saí da escola onde dou aula de desenho, ás 13h, passei na padaria que fica na esquina do prédio, comprei uma cerveja ( o calor estava rachando) e me direcionei para o estúdio de tattoo onde trabalho. No percurso sempre paro em uma banca que fica entre as quadras. Dei meu giro pelas revistas e jornais. Sempre deixando por último os livros. Olhando o arsenal de livros de bolso que a banca possui me deparei  com o nome  John Fante. Não acreditei, pensei ser outro cara, outro com o mesmo nome. Peguei o livro e li a contra capa. E lá estava: “...veio à luz devido ao esforço de Charles Bukowski de resgatar a obra...”. Peguei e para minha surpresa, tinha mais um, justamente os dois livros que o “Buck” resgatou e que o texto dele mencionava. Comprei os dois. Aí, quando estou pegando o dinheiro na carteira, um livro ficou literalmente me encarando, “RUM: Diário de um Jornalista Bêbado” de Hunter S. Thompson. Li a contra capa, e coloquei no pacote. Comprei os três livros.
Fui andando e pensando em todo o acontecido. E no quanto nosso pensar age. É impressionante. Atraímos realmente aquilo que nos conectamos mentalmente.
A tarde passou, voltei para casa. À noite, fui para a casa de minha namorada. Na madrugada, liguei a TV e comecei a sapiar. Fiquei pensando nos livros e pensando em ler rapidinho os do Fante para depois pegar o RUM. Nesta de ficar passando de canal em canal começou a passar um trailer. Achei interessante e comecei a ver. Um filme com Johnny Depp? Sempre merece ser assistido. Aí veio a surpresa, o título do filme era: Diário de um Jornalista Bêbado.
Desliguei a TV e me virei de lado, tentando ficar com sono. Mas, pensando fortemente nos números da Mega Sena que tinha jogado. Pensamento, atraia só mas esta vez.